Com
o fim da guerra de independência, a nação norte americana, agora independente,
se volta para a elaboração de sua constituição. Depois de inúmeros debates ao
longo de seu território, os Estados Unidos da América tem sua constituição em
1787. A nova constituição surge como uma tentativa de substituição do caráter
descentralizado que o Congresso Confederativo dava ao país. Tem-se em mente que
a falta de um governo forte teria gerado problemas de representação popular,
fazendo com que alguns políticos utilizassem disso para satisfazer suas
vontades e desse modo fizessem oposição aos valores republicanos historicamente
constituídos.
Nesse
meio as ideias de Madison se destacam numa tentativa de defesa da república
contra a “tirania” popular. Esse debate ganha o meio político gerando um embate
entre federalistas e anti-federalistas.
Enquanto os anti-federalistas apontavam que a constituição geraria uma
centralização do poder e um governo pernicioso, os federalistas vão de acordo
com os ideais de Madison e saem vencedores.
A
constituição é colocada em vigor com a chegada de George Washington ao poder em
1789. No interior do governo de Washington surge uma divergência acerca do
modelo ideal de nação a se seguir pelo país, um debate que tinha de um lado
Alexander Hamilton e, do outro, Thomas Jefferson. Aqui, vale nos atentarmos às
questões que dizem respeito ao segundo.
Thomas
Jefferson é uma figura muito presente nesse período, seus ideais já haviam
influenciado o primeiro congresso continental (1774), na busca de um diálogo
com o Rei inglês, uma vez que as conversas entre Estados Unidos e parlamento
inglês não caminhavam bem. Thomas Jefferson aparece nesse momento na tentativa
de organizar a nação americana que acabara de conquistar sua independência.
Jefferson
se posicionava a favor do desenvolvimento de um mercado interno, acreditava que
o melhor seria dividir o poder em pequenos grupos locais, confiando na
capacidade das massas em governar a si mesmas, indo contra a concentração de
poder e privilégios, entendia que abrir espaço para o governo concentrar o
poder em suas mãos poderia acabar em tirania e ameaçar a liberdade. Jefferson
era favorável aos ideais franceses que perseguiram a sua aristocracia, de terra
e nascimento, em defesa de uma aristocracia por mérito. Porém, Jefferson acaba
vencido por Alexander Hamilton e deixa o governo.
A
derrota fez com que Jefferson retornasse para casa, onde teve tempo para
organizar o partido Democrata-Republicano, dando origem ao primeiro de muitos
sistemas bipartidários da história do país, intensos debates políticos se
desenvolveram entre federalistas e republicanos democráticos. Jefferson liderou
os republicanos em defesa dos direitos de estado e contra um governo
centralizado.
Em
1800, Jefferson consegue chegar ao poder, ironicamente com o apoio de Alexander
Hamilton, instaurando a era Jeffersoniana. De 1812-1836, a “era of the good
feelings”, marcada por um grande
desenvolvimento industrial começa a ameaçar o ideal Jeffersoniano, uma
vez que Jefferson acreditava que o avanço industrial comprometia as virtudes
cívicas, gerando corrupção, diferenças sociais e outros problemas na sociedade.
Durante seu tempo no poder, Jefferson mantém um estado centralizado, busca
desenvolver a agricultura e tenta manter o país longe das guerras napoleônicas. Tais feitos fizeram de Thomas Jefferson o rosto da nota de 2 dólares.
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