Como
já vimos aqui, uma vez alcançada a independência, os Estados Unidos se voltam
para a elaboração de sua constituição, depois de um longo debate entre
federalista e anti-federalistas, George Washington chega ao poder marcando o
triunfo dos federalistas e de um Estado centralizador. No interior do governo
de George Washington se instaura um debate acerca do modelo de nação que o país
deveria seguir, marcado pelo conflito de idéias entre Thomas Jefferson e
Alexander Hamilton, aqui vale analisarmos as questões em torno do último.
Antes
mesmo de ser chamado por George Washington para compor seu governo, Hamilton já
era figura ativa no cenário político americano, suas ideias ajudaram a elaborar
as bases da constituição do país em discussão realizada na Filadélfia em 1787.
Hamilton
era defensor de um regime imperial influenciado pela constituição mista da Grã-Bretanha,
com adaptação ao republicanismo, acreditava que o presidente e os senadores
deveriam ser eleitos por colégios eleitorais, sendo somente os deputados
eleitos por voto popular. O presidente deveria ter em mãos o poder de vetar
leis do Congresso e nomear os governadores dos estados e tais governadores por
sua vez, teria o poder de vetar os atos das legislaturas estaduais.
Porém,
sua grande participação se deu como primeiro secretário do Tesouro
norte-americano (1789-1795), no governo de George Washington. Hamilton defendia
uma América mercantil, atuante no comércio internacional, forte na produção de
manufaturas, com um governo forte capaz de dar infraestrutura para tal
desenvolvimento.
Para
além de sua constituição, outro fator era de grande importância, a nação recém
formada deveria agora determinar o regimento de suas finanças, com um rombo em
sua economia gerado após anos de sua guerra de independência. Nesse cenário
Hamilton é de suma importância na elaboração de um plano econômico para superar
as crises pós-guerra.
Dentre
suas medidas estão a criação do Banco Nacional e de um sistema de crédito e
endividamento nacional. Hamilton propôs a centralização do crédito nacional,
onde o governo federal deveria assumir as dívidas dos Estados, até então
distribuída de maneiras desequilibradas entre os Estados federativos, numa
tentativa de tornar o crédito estadunidense competitivo e tornar a dívida
sustentável sem ser excessiva, que venha a ter serventia como base para uma
prosperidade econômica. Hamilton encontrou resistência, de modo que teve que
negociar vários pontos de seu plano. Tais feitos fizeram de Alexander Hamilton o rosto da nota de 10 dólares.
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