sábado, 16 de junho de 2018

Benjamin Franklin (1706-1790)




Durante o século XVIII, os Estados Unidos passam por seu “Grande Despertar”, um momento marcado pela busca em se assemelharem aos ingleses, uma vez que nutriam o sentimento de também serem britânicos. Isso pode ser visto com clareza na Guerra dos Sete Anos, também conhecida como Guerra Franco-Indígena, que se deu entre 1756 e 1763, onde lutam lado a lado contra os franceses. O ideal de civilização se propaga por aqueles mais bem posicionados na sociedade trazendo novos hábitos e arquiteturas. Outra questão importante promovida pelo “Grande despertar” é o nascimento de novas universidades.
Esse momento é marcado também, por um surto de Anglicização, que traz a idéia de salvação individual, onde o indivíduo por si só tem a liberdade de buscar sua salvação. Porém, para tal, era necessário a busca pela palavra de Deus, o que tem por consequência um aumento significativo nos níveis de alfabetização e, também, dos números que dizem respeito a imprensa. Nesse sentido é de extrema importância a figura de Benjamin Franklin, personagem principal da imprensa da época, meio utilizado por ele para propagar suas idéias, que serão fundamentais para a independência.
De origem humilde, Benjamin Franklin nasceu em Boston, em 1706, foi escritor, jornalista, filósofo e cientista. Ficou famoso por suas descobertas científicas, dentre suas teorias é de se destacar aquelas que abrangem a energia elétrica, que teve como um de seus resultados, a criação do “para-raio”. Foi figura importante na política norte americana, ajudou na redação da Declaração de Independência (1776) e na elaboração da Constituição estadunidense.
Teve tempo ainda de desenvolver um papel fundamental nas relações internacionais dos Estados Unidos, onde ficara famoso por suas habilidades conciliatórias, nesse sentido é de grande valia destacar sua ida para França em 1776, onde se torna uma figura popular entre os franceses e tem contato com importantes pensadores da época, como Voltaire. No fim de sua vida, Benjamin Franklin também passou a defender os ideais abolicionistas, até sua morte em 1790, na Filadélfia. Tais feitos fizeram de Benjamin Franklin o rosto da nota de 100 dólares.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

George Washington (1732-1799)





Por mais que britânicos e estadunidenses tivessem grandes motivos para comemorar o triunfo sobre os franceses na Guerra Franco-Indígena (1756-1763), logo sofreram as duras consequências da guerra. O conflito tivera feito um rombo nos cofres britânicos e quem sentiu na pele foi a colônia. A lua de mel entre metrópole e colônia acabara rápido, as taxas impostas pela metrópole e o modo que foi efetuado, levam a colônia questionar seus direito perante o Parlamento e, o quão britânicos eles eram do ponto de vista da metrópole. A reação colonial se deu por meio de boicote aos produtos britânicos, fazendo com que sua elite deixasse de lado costumes britânicos e desenvolvessem seus próprios hábitos, criando uma identidade maior entre eles.
Pelo contrário do que se possa aparentar, a revolta colonial não se dera simplesmente pela taxação imposta pela metrópole, uma vez que alguns preços chegaram até mesmo a cair. Mas o que se tinha em discussão era a perda da autonomia colonial em criar suas próprias leis, infringindo seu bem mais precioso, a liberdade.
A crise imperial se instaura devido a uma sequência de imposições da metrópole: a Lei do Açúcar (1764), a Lei do Selo (1764-66), os “atos Townshend” (1767-1770). Leis que juntamente com a Lei do Chá (1773), deram origem a várias resistências comandadas pelos intelectuais na colônia. Nesse sentido é de ressaltar a figura de James Otis e Patrick Henry que questionaram a taxação. Mais tarde, John Dickinson e John Wilks também demonstraram suas insatisfações com as imposições da metrópole. Perdendo suas esperanças em ter seus anseios atendidos pelo parlamento,  os americanos vão em busca de uma resposta positiva do Rei, George III, porém, sem êxito, não havia outra saída senão a guerra de independência (1775-1783).
É nesse momento que surge a figura de George Washington, que se destacou como comandante das unidades de milícia da Virgínia e, em 1775, o recém-formado Congresso Continental o fez comandante do exército americano. Em 1775, as tropas estadunidenses entram em conflito pelo primeira vez com as tropas britânicas na Batalha de Lexington (1775). Em dezembro de 1776, Washington desferiu um brilhante e ousado ataque através do Rio Delaware, esmagando as defesas britânicas em Trenton e Princeton, elevando a moral das tropas americanas. Porém, a vitória final só se deu quando Washington derrotou definitivamente o general Lorde Cornwallis (1738-1805) em Yorktown, em outubro de 1781. Embora um tratado de paz só fosse assinado em 1783, na cidade de Paris, os britânicos haviam sido dominados, nascia então, uma nova nação.
Depois da guerra, Washington renuncia ao cargo e volta para sua casa em Mount Vernon, na Virgínia. Em 1787, preside a Convenção Constitucional na Filadélfia. Em 1789, sob as disposições da Constituição dos Estados Unidos, é eleito o primeiro presidente do país e reeleito logo em seguida, mas não aceita um terceiro mandato. Washington criou um poderoso governo centralizado, gerido, porém, com o consenso dos representantes dos estados americanos.Tais feitos fizeram de George Washington o rosto da nota de 1 dólar.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Thomas Jefferson (1743-1826)




Com o fim da guerra de independência, a nação norte americana, agora independente, se volta para a elaboração de sua constituição. Depois de inúmeros debates ao longo de seu território, os Estados Unidos da América tem sua constituição em 1787. A nova constituição surge como uma tentativa de substituição do caráter descentralizado que o Congresso Confederativo dava ao país. Tem-se em mente que a falta de um governo forte teria gerado problemas de representação popular, fazendo com que alguns políticos utilizassem disso para satisfazer suas vontades e desse modo fizessem oposição aos valores republicanos historicamente constituídos.
Nesse meio as ideias de Madison se destacam numa tentativa de defesa da república contra a “tirania” popular. Esse debate ganha o meio político gerando um embate entre federalistas e anti-federalistas.  Enquanto os anti-federalistas apontavam que a constituição geraria uma centralização do poder e um governo pernicioso, os federalistas vão de acordo com os ideais de Madison e saem vencedores.
A constituição é colocada em vigor com a chegada de George Washington ao poder em 1789. No interior do governo de Washington surge uma divergência acerca do modelo ideal de nação a se seguir pelo país, um debate que tinha de um lado Alexander Hamilton e, do outro, Thomas Jefferson. Aqui, vale nos atentarmos às questões que dizem respeito ao segundo.
Thomas Jefferson é uma figura muito presente nesse período, seus ideais já haviam influenciado o primeiro congresso continental (1774), na busca de um diálogo com o Rei inglês, uma vez que as conversas entre Estados Unidos e parlamento inglês não caminhavam bem. Thomas Jefferson aparece nesse momento na tentativa de organizar a nação americana que acabara de conquistar sua independência.
Jefferson se posicionava a favor do desenvolvimento de um mercado interno, acreditava que o melhor seria dividir o poder em pequenos grupos locais, confiando na capacidade das massas em governar a si mesmas, indo contra a concentração de poder e privilégios, entendia que abrir espaço para o governo concentrar o poder em suas mãos poderia acabar em tirania e ameaçar a liberdade. Jefferson era favorável aos ideais franceses que perseguiram a sua aristocracia, de terra e nascimento, em defesa de uma aristocracia por mérito. Porém, Jefferson acaba vencido por Alexander Hamilton e deixa o governo.
A derrota fez com que Jefferson retornasse para casa, onde teve tempo para organizar o partido Democrata-Republicano, dando origem ao primeiro de muitos sistemas bipartidários da história do país, intensos debates políticos se desenvolveram entre federalistas e republicanos democráticos. Jefferson liderou os republicanos em defesa dos direitos de estado e contra um governo centralizado.
Em 1800, Jefferson consegue chegar ao poder, ironicamente com o apoio de Alexander Hamilton, instaurando a era Jeffersoniana. De 1812-1836, a “era of the good feelings”, marcada por um grande  desenvolvimento industrial começa a ameaçar o ideal Jeffersoniano, uma vez que Jefferson acreditava que o avanço industrial comprometia as virtudes cívicas, gerando corrupção, diferenças sociais e outros problemas na sociedade. Durante seu tempo no poder, Jefferson mantém um estado centralizado, busca desenvolver a agricultura e tenta manter o país longe das guerras napoleônicas.Tais feitos fizeram de Thomas Jefferson o rosto da nota de 2 dólares.

sábado, 9 de junho de 2018

Alexander Hamilton (1755-1804)




Como já vimos aqui, uma vez alcançada a independência, os Estados Unidos se voltam para a elaboração de sua constituição, depois de um longo debate entre federalista e anti-federalistas, George Washington chega ao poder marcando o triunfo dos federalistas e de um Estado centralizador. No interior do governo de George Washington se instaura um debate acerca do modelo de nação que o país deveria seguir, marcado pelo conflito de idéias entre Thomas Jefferson e Alexander Hamilton, aqui vale analisarmos as questões em torno do último.
Antes mesmo de ser chamado por George Washington para compor seu governo, Hamilton já era figura ativa no cenário político americano, suas ideias ajudaram a elaborar as bases da constituição do país em discussão realizada na Filadélfia em 1787.
Hamilton era defensor de um regime imperial influenciado pela constituição mista da Grã-Bretanha, com adaptação ao republicanismo, acreditava que o presidente e os senadores deveriam ser eleitos por colégios eleitorais, sendo somente os deputados eleitos por voto popular. O presidente deveria ter em mãos o poder de vetar leis do Congresso e nomear os governadores dos estados e tais governadores por sua vez, teria o poder de vetar os atos das legislaturas estaduais.
Porém, sua grande participação se deu como primeiro secretário do Tesouro norte-americano (1789-1795), no governo de George Washington. Hamilton defendia uma América mercantil, atuante no comércio internacional, forte na produção de manufaturas, com um governo forte capaz de dar infraestrutura para tal desenvolvimento.
Para além de sua constituição, outro fator era de grande importância, a nação recém formada deveria agora determinar o regimento de suas finanças, com um rombo em sua economia gerado após anos de sua guerra de independência. Nesse cenário Hamilton é de suma importância na elaboração de um plano econômico para superar as crises pós-guerra.
Dentre suas medidas estão a criação do Banco Nacional e de um sistema de crédito e endividamento nacional. Hamilton propôs a centralização do crédito nacional, onde o governo federal deveria assumir as dívidas dos Estados, até então distribuída de maneiras desequilibradas entre os Estados federativos, numa tentativa de tornar o crédito estadunidense competitivo e tornar a dívida sustentável sem ser excessiva, que venha a ter serventia como base para uma prosperidade econômica. Hamilton encontrou resistência, de modo que teve que negociar vários pontos de seu plano.Tais feitos fizeram de Alexander Hamilton o rosto da nota de 10 dólares.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Andrew Jackson (1767-1845)



No início do século XIX, os norte-americanos carregando o fardo dado a eles por Deus, marcham rumo a Oeste. Tal expansão tem por consequência a regeneração económica e espiritual da nação, por outro lado, enquanto o Império da Liberdade ganhava corpo, a escravidão se entranhava em solo estadunidense. A expansão em conjunto com as transformações de Mercado, traz um apelo por parte da população por participação democrática. No parlamento, os debates esquentam e, a partir de 1820, a escravidão começa a ganhar protagonismo, de começo o norte acreditava num movimento paulatino de libertação dos escravos, consequência do fim do comércio internacional de escravos e, o sul por sua vez, via na escravidão um mal necessário. No entanto, o compromisso do Missouri deixa claro toda a situação complexa por detrás da escravidão no período.
Na medida que determinada região atingia o número necessário de habitantes (80 mil) para entrar na união, ela era anexada de modo que equilibrasse a balança entre sul e norte no Senado. Nesse sentido, o compromisso de Missouri foi estabelecido criando um acordo em torno dos países que surgiam a oeste. O compromisso do Missouri deixa claro que a escravidão não era uma instituição arcaica, como se via. É necessário recordarmos que nesse momento estava em vigor a cláusula dos , que contava cada escravo como o equivalente a 3/5 de uma pessoa, com o objetivo de distribuir proporcionalmente a representação no Congresso, assim a escravidão foi se estabelecendo como um forte lobby no congresso. Diante da força financeira e tecnológica do norte, o sul se apossa do Estado e desenvolve uma “política de espólios”. É nesse contexto que surge a figura de Andrew Jackson.
Nascido em Waxhaws, região localizada entre as duas Carolinas, em 15 de Março de 1767, Andrew Jackson fora considerado um herói de guerra americano, quando em 1812, vencera um combate contra os ingleses. Em 1829, leva os Democratas ao poder e faz deles uma força hegemônica. Jackson entra para a História como o primeiro presidente advindo de um Estado que não fazia parte das 13 colônias que entram em choque com a metrópole em 1776 e também, como o primeiro a ser eleito por meio de uma grande campanha eleitoral.
Uma vez no poder, vai expandir a franquia do voto, abrindo alas para uma sociedade mais igualitária, busca articular os interesses dos setores mais abrangentes da sociedade, tanto norte, quanto sul. O Período Jacksoniano é marcado por uma postura contra o banco central, que segundo ele, obtinha privilégio econômico indevido; pela ocupação de territórios mexicanos; fornecimento de subsídios à indústria e uma centralização do executivo. Jackson manteve arrefecida a discussão seccionista, de modo que proíbe a discussão em torno da escravidão no congresso, consolidou a democracia de massas, adotando uma postura mais clientelista em detrimento dos debates públicos, buscando coalizões locais no lugar de instituições nacionais.
Old Hickory, como era conhecido, vai sofrer a oposição dos Whigs, que alegavam defender as liberdades populares contra a usurpação por parte do presidente. Teve que se desdobrar para lidar com o que ficou conhecido como “Crise da Nulificação” (1832), onde a Carolina do Sul recusa recolher impostos sobre a importação, acusando o governo de despotismo.
Na medida em que se desenvolvia a expansão, Jackson entra em conflitos com os povos indígenas que habitavam os lugares desejados, muitas tribos tiveram que deixar suas terras, sendo remanejadas para outros locais. O modo utilizado por Jackson para tal medida não foi dos mais amigáveis, isso somado a uma série de atitudes questionáveis, acabou manchando a sua imagem, o que ajudou a ser escolhido para ceder seu lugar na nota de vinte dólares para Harriet Tubman, uma ex-escrava, heroína da guerra de Secessão. 

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Abraham Lincoln (1809-1865)




A Década de 1860 é marcada pelo ingresso do ocidente no modelo “urbano-industrial”, o modo de vida tecnológico e urbano começa a ganhar espaço na medida em que o mundo sente os impactos da Segunda Revolução Industrial. A industrialização que marca os Estados Unidos no período, ganha novos moldes com a expansão para o Oeste, gerando aumento da demanda de produtos devido a falta de mão de obra. Todavia, o sul do país continuava a importar produtos e a manter a mão de obra escrava, indo contra os produtores do norte que buscavam autonomia. Tal postura resultou em profundos debates no congresso. Na medida que o desenvolvimento tecnológico encurtava a distância entre os lugares, as divergências se tornavam cada vez mais claras, sendo a mais evidente a que diz respeito ao modelo de trabalho.
Nesse sentido, o compromisso de Missouri, já destacado aqui,  foi estabelecido criando um acordo em torno dos países que surgiam a oeste. Tal acordo se deu até a formação da Califórnia e a sua anexação à união, antiescravista, que acaba pendendo a balança para os abolicionistas, o que acabou gerando um novo acordo em 1850, onde a Califórnia entraria para a união em favor dos abolicionistas, porém, ficaria estabelecido que os novos estados a partir de então, teriam a liberdade de escolher que lado iria entrar, tal acordo também aumentou o rigor em torno dos escravos fugitivos. Isso acaba acirrando ainda mais os conflitos entre sul e norte, uma vez que os abolicionistas começam a estabelecer rotas de fuga para os escravos do sul  e, o sul começa a fazer uso do Estado para defender seus direitos, utilizando-se da força da polícia. 
Outro ponto marcante nesse cenário foi a questão Kansas-Nebraska (1854), kansas seria livre ao contrário de Nebraska,  mas de acordo com o novo acordo seria necessário uma consulta popular, o que gerou grande tensões entre grupos escravistas e anti-escravistas, que culminou em conflito armado. Esse cenário racha o partido democrata (sul-norte), dando espaço para a ascensão dos republicanos, que elegem Abraham Lincoln, em 1860.
A Carolina do Sul não aceita o resultado e declara independência, uma série de países seguem o mesmo caminho, Lincoln assume declarando seu objetivo em manter as leis da união. O ataque do sul ao forte summer, faz com que a união declare guerra a confederação, dando início a guerra civil norte americana (1861-1865).
Lincoln adota uma postura de defesa da União, sofre duras derrotas no início da guerra mas consegue sair vencedor. A postura de Lincoln quanto ao fim da guerra foi flexível e bondoso, buscando com que os sulistas se rendessem e voltassem a união. Lincoln ainda fortalece o Partido Republicano e divulga a Proclamação de Emancipação em 1863, libertando os escravos daqueles estados que se rebelaram.Tais feitos fizeram de Abraham Lincoln o rosto da nota de 5 dólares.